segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Evolução das compras coletivas

Outros sites estão surgindo a partir do modelo de negócio que mudou a forma de consumo na internet

O modelo de negócios dos sites de compras coletivas criou um nicho de mercado na internet e inspirou o surgimento de variações destes sites como os agregadores e os clubes de compras. O Brandsclub (http://www.brandsclub.com.br), primeiro clube de compras do Brasil, que vende roupas e acessórios de boas marcas com até 90% de desconto, surgiu em março de 2009, quando este tipo de consumo se consolidava nos Estados Unidos. Antes mesmo do primeiro site de compras coletivas surgirem por aqui.
A diferença básica é que os clubes de compras vendem produtos e não vouchers de serviços como os sites de compras coletivas. E, por conta disso, precisam ter galpão e logística. Uma espécie de outlet virtual. O Brandsclub já tem 2,3 milhões de usuários e 230 funcionários. "A expectativa é aumentar nossas vendas em 30% até o final do ano", revela o CEO Paulo Humberg, de 42 anos. Há quatro meses, a empresa recebeu o aporte de capital de 17 milhões de dólares do grupo sul-africano Naspers. "Não pensamos em vender porque é um projeto grande de vida. Temos, no mínimo, dez anos para crescer ainda", revela.
Outro modelo que surge por aqui são os agregadores de ofertas como o Kekanto (
http://br.kekanto.com) e o Saveme (http://www.saveme.com.br). Eles relacionam em suas páginas as ofertas dos sites de compras coletivas. Funciona como um shopping de ofertas. "Em poucos meses vimos surgindo os três primeiros sites, tudo acontecendo muito rápido. A gente logo pensou que estas características de mercado precisariam de um diferencial. E tivemos a sacada: ao invés de disputar mercado com eles, vamos agregar", lembra o publicitário Guilherme Wroclawski, de 27 anos, sócio do também publicitário Heitor Chaves, de 25.
Eles criaram a página em quatro dias, começaram com sete e hoje já têm 40 sites agregados. "Recebemos 20 só na última semana", conta. A empresa que nasceu com o nome de ZipMe foi comprada recentemente pelo BuscaPé, que passou a deter 75% do negócio enquanto os empreendedores continuaram como sócios-gestores. E os mais novos milionários da internet. "O principal é não dar atenção às denominações que recebemos porque este é apenas o começo", garante Guilherme.
No Kekanto, lançado em março, os usuários ainda contam com uma resenha dos serviços por meio da opinião de quem já testou. "É uma espécie de boca-a-boca mais eficiente e mais organizado", conta o empresário Fernando Okomura, de 31 anos, que trocou a carreira tradicional de consultor na McKinsey pelo empreendedorismo.